Porto Alegre está entre as 14 capitais brasileiras com tendência de crescimento de síndromes respiratórias agudas graves, segundo o boletim Infogripe da Fiocruz. Desde janeiro, a capital gaúcha registrou 511 internações por doenças respiratórias, com 31 mortes nos primeiros quatro meses do ano—um aumento de 40% em comparação ao mesmo período de 2023. Nas emergências, essas doenças foram a principal causa de atendimento, inclusive entre crianças, refletindo a pressão sobre o sistema de saúde.
A pneumologista Caroline Freiesleben alerta para a importância da vacinação, especialmente com a chegada do inverno e as oscilações de temperatura. Ela destaca a necessidade de imunização contra vírus como o sincicial respiratório e a coqueluche, que recentemente causaram surtos em crianças. Enquanto isso, relatos de pais, como o de uma operadora de caixa cujo filho enfrenta sintomas persistentes sem diagnóstico preciso, ilustram as dificuldades no acesso a cuidados eficazes.
Para enfrentar a demanda, a prefeitura planeja reforçar as equipes de saúde com 130 profissionais e ampliar o horário de funcionamento de unidades básicas, incluindo atendimentos nos finais de semana. O secretário municipal Fernando Ritter ressalta que 16 unidades funcionam até as 22h, e outras 56 até as 19h ou 20h, com o objetivo de desafogar as emergências. A campanha de vacinação contra a gripe também é incentivada como medida preventiva diante do cenário preocupante.