Milhões de beneficiários do INSS podem ter sido vítimas de fraudes envolvendo associações que descontavam valores indevidamente de seus contracheques, sem autorização. Estima-se que o prejuízo acumulado entre 2019 e 2024 chegue a R$ 6,3 bilhões, com cerca de 4 milhões de pessoas afetadas. Dados preliminares indicam que 97,6% dos contratos analisados foram firmados sem consentimento, muitas vezes com assinaturas falsas, deixando idosos sem conhecimento da cobrança.
O governo federal prometeu ressarcir os prejudicados, mas ainda não definiu prazos ou métodos para o pagamento. O novo presidente do INSS foi autorizado a reformar o órgão e adotar medidas necessárias para resolver o problema. Enquanto isso, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) trabalham para orientar os próximos passos, incluindo a possibilidade de usar recursos próprios do INSS ou buscar alternativas orçamentárias.
Uma revisão nos cadastros do INSS já está em andamento para identificar contratos fraudulentos e liberar recursos para os ressarcimentos. O ministro da Fazenda afirmou que o governo encontrará uma solução, mas destacou que o modelo de devolução ainda está em discussão. A situação, segundo autoridades, é tratável, e esforços estão concentrados em reparar os danos causados aos beneficiários.