O renomado fotógrafo Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos na última sexta-feira, 23, durante um tratamento contra leucemia. A confirmação foi feita por sua esposa, Lélia Wanick Salgado, em entrevista ao programa Fantástico no domingo, 25. Ela revelou que o diagnóstico havia sido recebido em março, após anos de complicações de saúde decorrentes de um caso de malária contraído em 2010, na Papua, Indonésia. Na época, Salgado chegou a mencionar internações para tratar a malária, pouco antes da abertura de uma retrospectiva de seu trabalho na França.
Segundo Lélia, a leucemia se manifestou de forma agressiva, sem possibilidade de tratamento efetivo. A família mantinha esperanças de que o quadro pudesse ser revertido, mas o cineasta Juliano Ribeiro Salgado, filho do fotógrafo, expressou surpresa com o desfecho, já que acreditava que o pai teria ainda muitos anos pela frente. A notícia trouxe comoção ao mundo da arte e do ambientalismo, áreas nas quais Salgado deixou um legado significativo.
As cinzas do fotógrafo serão espalhadas no Instituto Terra, fundado por ele e por Lélia em Minas Gerais. A instituição é dedicada à recuperação ambiental do Vale do Rio Doce, um projeto que reflete o compromisso do casal com a preservação da natureza. A morte de Salgado encerra uma trajetória marcada não apenas por imagens icônicas, mas também por uma profunda dedicação às causas ambientais.