O fotógrafo Sebastião Salgado, reconhecido mundialmente por seu trabalho documental em preto e branco, faleceu aos 81 anos em Paris. Sua morte foi lamentada por autoridades brasileiras, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que destacou o legado do artista como um “clamor pela solidariedade” e um lembrete da igualdade humana. O vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, também prestaram homenagens, ressaltando como suas lentes capturaram tanto a beleza quanto as injustiças do mundo.
Salgado ficou famoso por projetos como “Trabalhadores” (1993) e “Êxodos” (2000), que retrataram questões humanas com sensibilidade. O Ministério da Cultura o definiu como um dos maiores ícones da fotografia documental, enquanto o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, o chamou de “grande artista franco-brasileiro”. Sua obra, marcada por um olhar voltado para a desigualdade e a natureza, continua a inspirar ações por um mundo mais justo e sustentável.
Instituições como a Academia de Belas Artes da França e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também manifestaram pesar, destacando seu papel na transformação social por meio da imagem. O MST lembrou seu apoio às causas sociais, enquanto exposições como “Amazônia” e “Trabalhadores” perpetuam seu legado. Salgado deixa um vazio no jornalismo e na arte, mas sua memória permanece viva em cada imagem e luta que retratou.