O fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick, deixaram um legado ambiental significativo ao recuperar uma área devastada da Mata Atlântica na bacia do Rio Doce, em Minas Gerais. Por meio do Instituto Terra, fundado em 1998, eles plantaram mais de três milhões de árvores nativas, restaurando mais de dois mil hectares da floresta que antes cobria a fazenda da família. O projeto se tornou referência mundial em restauração ecossistêmica, educação ambiental e desenvolvimento sustentável.
A iniciativa contou com financiamento parcial de uma empresa mineradora, o que gerou críticas devido ao histórico ambiental da companhia. Apesar disso, o instituto seguiu avançando e, até 2025, já havia recuperado 2.346 hectares, além de trabalhar na conscientização das comunidades locais. O projeto também incluiu a limpeza de nascentes e afluentes do Rio Doce, promovendo melhorias na qualidade de vida da região.
A Mata Atlântica, o bioma mais desmatado do Brasil, ainda enfrenta ameaças, como uma recente emenda que pode facilitar o desflorestamento. Com a morte de Salgado, o Instituto Terra reafirmou seu compromisso de honrar seu legado, continuando a restaurar a natureza e a beleza que ele tanto valorizou. Sua obra fotográfica, que retratou belezas naturais ao redor do mundo, agora se soma a esse impacto ambiental duradouro.