Sebastião Salgado, um dos mais renomados fotógrafos brasileiros, faleceu nesta sexta-feira (23) aos 81 anos, em Paris. A causa da morte teria sido complicações decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990. Salgado era celebrado por seu olhar humanista e por retratar com profundidade a condição humana, consolidando-se como um ícone da fotografia mundial. Nascido em Minas Gerais em 1944, ele percorreu mais de 100 países ao longo de sua carreira, documentando realidades sociais, ambientais e humanitárias em projetos marcantes como “Trabalhadores”, “Êxodos” e “Gênesis”.
Sua trajetória foi imortalizada no documentário “O Sal da Terra” (2014), codirigido por seu filho Juliano Ribeiro Salgado e pelo cineasta alemão Wim Wenders. O filme recebeu aclamação da crítica, incluindo prêmios em Cannes e uma indicação ao Oscar. Salgado deixa dois filhos, Juliano e Rodrigo, além de netos e sua companheira de vida, Lélia Wanick Salgado, com quem fundou o Instituto Terra, dedicado à restauração ambiental.
O Instituto Terra publicou uma nota de pesar, destacando o legado de Salgado não apenas como fotógrafo, mas como um visionário que acreditava na transformação por meio da arte e da conservação da natureza. “Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, diz o texto. A instituição reforçou o compromisso de honrar seu trabalho, perpetuando seus ideais de justiça e beleza.