O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu na França aos 81 anos, vítima de complicações relacionadas à malária, doença contraída em 1990 durante uma viagem à Nova Guiné. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização fundada por ele e sua esposa, dedicada à recuperação ambiental. Salgado havia mencionado recentemente que seu corpo estava rejeitando o tratamento, após anos de medicação. Sua obra, incluindo o projeto “Gênesis”, documentou regiões intocadas pelo mundo, consolidando seu legado na fotografia.
A malária, causada por protozoários do gênero Plasmodium, é transmitida pela picada do mosquito Anopheles infectado. A forma mais grave, provocada pelo P. falciparum, pode levar a complicações como anemia severa e malária cerebral, responsável por 80% das mortes. Já o P. vivax, embora menos agressivo, pode permanecer no fígado e causar recaídas meses ou anos após a infecção inicial.
A doença, ainda um desafio global, exige diagnóstico rápido e tratamento imediato para evitar complicações. No Brasil, a maioria dos casos ocorre na Amazônia. A morte de Salgado relembra os riscos da malária, mesmo para quem viaja a regiões endêmicas, e destaca a importância de medidas preventivas e avanços no combate à doença.