A medicina brasileira enfrenta um momento crítico, marcado pelo aumento da demanda por profissionais de saúde e pela expansão descontrolada de faculdades de medicina, muitas delas sem infraestrutura adequada ou corpo docente qualificado. Esse cenário levanta preocupações sobre a qualidade da formação médica, especialmente com a proliferação de especializações não reconhecidas pela residência médica, que oferecem atalhos perigosos para jovens médicos. A falta de rigor na formação pode comprometer a segurança dos pacientes e a confiança na profissão, colocando em risco um dos pilares mais sagrados da medicina: o legado de excelência e ética.
O texto destaca a necessidade de equilibrar a democratização do acesso à formação médica com a manutenção de padrões elevados de ensino. A residência médica é apontada como essencial para a especialização, assim como a valorização de universidades e hospitais-escola com excelência comprovada. Programas de mentoria e iniciativas privadas, como o Grow, são citados como exemplos de esforços para formar médicos bem preparados, com habilidades técnicas e interpessoais, capazes de liderar a transformação do sistema de saúde.
A conclusão reforça que a formação de bons médicos é uma missão coletiva, que vai além de títulos individuais e deve priorizar a integridade, o conhecimento e o amor pela profissão. O legado da medicina brasileira depende das escolhas feitas hoje, que impactarão diretamente a qualidade do cuidado oferecido à população nas próximas décadas. O chamado é claro: é preciso agir com responsabilidade para garantir um futuro sustentável e ético para a saúde no país.