A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, na quinta-feira (15), uma aeronave carregando aproximadamente 200 quilos de skunk, uma variedade mais potente da maconha, no estado do Pará. A operação contou com dois caças A-29 Super Tucano e foi coordenada em conjunto com a Polícia Federal. O avião, um Embraer EMB-810 Seneca III, pousou próximo a Altamira após ignorar ordens de mudança de rota e receber tiros de advertência. Os ocupantes incendiaram a aeronave e fugiram, deixando a carga para ser apreendida pelas autoridades.
O skunk, também conhecido como “supermaconha”, é uma droga sintética derivada da Cannabis sativa, mas com concentração de THC até dez vezes maior que a maconha tradicional, o que amplia seus efeitos nocivos ao cérebro. A substância é produzida em laboratório através de manipulação genética e cultivo hidropônico, resultando em um produto mais potente e perigoso. A apreensão destacou o uso de aviões com documentação irregular, já que a aeronave interceptada tinha o certificado de aeronavegabilidade suspenso.
A detecção do voo ilícito foi possível graças aos radares de defesa aérea, que acionaram os caças da FAB para a interceptação. Após o pouso forçado em área não preparada, a Polícia Federal assumiu a investigação para apurar a origem do voo e a identidade dos envolvidos. O caso reforça a atuação integrada entre agências no combate ao tráfico de drogas no espaço aéreo brasileiro.