A montanha Yanar Dagh, no Azerbaijão, chama a atenção por um fenômeno raro: chamas que brotam do solo há mais de 4 mil anos, sem nunca se apagarem. Localizada na região do Cáucaso, o local era considerado pelos antigos gregos como o “fim do mundo”. Cientificamente, o fogo é alimentado por uma vasta reserva de gás natural a mais de 8 km de profundidade, mas, para muitas culturas antigas, as chamas eram vistas como uma manifestação divina.
O fenômeno inspirou o zoroastrismo, religião que venera o fogo como símbolo da conexão entre o humano e o divino, e levou à construção de templos como o Ateshgah. Hoje, turistas de diversas partes do mundo, especialmente da Índia, visitam o local movidos por fé ou curiosidade. Parikh, um visitante indiano, descreveu a experiência como “o fogo da fé”, que o deixou emocionado e feliz.
Além dos fiéis, a montanha também impressiona quem busca uma experiência além da religião. Rita Martins, uma turista portuguesa cristã, relatou sentir-se tocada pelo poder do fenômeno, comparando-o à grandiosidade de montanhas imponentes. A chama perene de Yanar Dagh continua a ser um símbolo de mistério, fé e admiração, atraindo visitantes de todos os credos e origens.