Presente em jardins de diversas culturas há séculos, a calêndula, também conhecida como botão de ouro, vai além de sua função decorativa. Cultivada por gregos, romanos, árabes e hindus, a planta se destacou por sua adaptabilidade e usos variados, como tingimento de tecidos, coloração de alimentos e produção de cosméticos. Sua importância transcendeu o Mediterrâneo, chegando à Europa Ocidental no final da Idade Média, enquanto medicinas tradicionais, como ayurveda e chinesa, valorizavam suas propriedades curativas e anti-inflamatórias.
Rica em flavonoides, carotenoides e antioxidantes, a calêndula oferece benefícios significativos para a saúde. Sua ação cicatrizante é amplamente reconhecida no tratamento de feridas e irritações cutâneas, enquanto seus compostos auxiliam na digestão e reduzem inflamações. Estudos também sugerem potencial como protetor solar, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar sua eficácia. Além disso, a flor é utilizada em infusões e até em rituais de proteção, como a coroa de calêndula, popular em algumas culturas.
Apesar dos benefícios, é importante tomar certos cuidados. O uso durante a gravidez ou lactação requer orientação médica, assim como para pessoas alérgicas a plantas da família das asteráceas. Seja em chás, óleos ou aplicações tópicas, a calêndula continua a ser uma aliada versátil, unindo tradição e ciência em favor do bem-estar.