O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro registro da praga quarentenária vassoura-de-bruxa da mandioca no estado do Pará. A ocorrência foi identificada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, em Almeirim, região norte do estado, próximo à fronteira com o Suriname. A confirmação ocorreu após análise de amostras coletadas por técnicos do Amapá, seguindo denúncia de possível contaminação. As plantas afetadas estavam na Aldeia Bona, dentro do território indígena.
Apesar da gravidade da praga, que pode devastar plantações de mandioca, o fogo está em área remota, de difícil acesso e sem conexão direta com zonas comerciais. O local só é acessível por voos fretados, o que reduz o risco imediato de disseminação. Até o momento, não há registros da praga em áreas produtivas ou apreensões de material contaminado nas barreiras fiscais do norte do Pará. A Adepará, em parceria com o Mapa, realiza levantamentos fitossanitários como parte do Plano Emergencial de Prevenção.
A vassoura-de-bruxa da mandioca, identificada pela primeira vez no Amapá em 2024, causa deformações e enfraquecimento das plantas, podendo levar à morte da cultura. O fungo se espalha principalmente por mudas contaminadas, ferramentas, solo e água. Embora não afete a saúde humana, a praga representa risco à segurança alimentar e econômica de regiões dependentes da mandioca. As autoridades reforçam a necessidade de atenção aos produtores e cuidados com a sanidade vegetal.