O filme “O Agente Secreto” conquistou os prêmios de Melhor Ator e Melhor Diretor no Festival de Cannes neste sábado (24), levando o júri a quebrar uma regra tradicional do evento. De acordo com o regulamento, um filme só pode vencer em duas categorias específicas combinadas, como Melhor Ator e Prêmio do Júri ou Melhor Roteiro. No entanto, o júri optou por reconhecer a atuação de Wagner Moura e a direção, destacando a qualidade excepcional da produção. Em coletiva, membros do júri, como o cineasta Hong Sang-soo e o ator Jeremy Strong, afirmaram que o filme merecia ainda a Palma de Ouro, mas a honraria máxima foi para o iraniano Jafar Panahi.
A decisão do júri refletiu o impacto do filme, com elogios à sensibilidade de Moura em seu papel e à narrativa envolvente. A quebra do protocolo gerou discussões, mas também destacou a relevância da produção brasileira no cenário internacional. O momento foi celebrado como uma vitória significativa para o cinema nacional, com reconhecimento além das expectativas.
Enquanto isso, outras produções também foram premiadas, como “It Was Just An Accident”, de Panahi, que levou a Palma de Ouro. O festival reforçou sua tradição de valorizar a diversidade cinematográfica, mesmo com decisões que desafiam suas próprias regras. O resultado para “O Agente Secreto” marcou um capítulo memorável para o Brasil em Cannes, alimentando o orgulho e a discussão sobre o potencial do cinema local.