O Festival de Cannes 2025 encerrou sua edição neste sábado, 24, com destaque para o cinema brasileiro. “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, conquistou os prêmios de Melhor Ator para Wagner Moura e Melhor Direção, além de ser reconhecido como melhor filme pelo júri da Fipresci e receber o Prix des Cinémas Art et Essai. O thriller político, ambientado durante a ditadura militar brasileira, reforçou a presença do Brasil no festival, que ainda aguarda uma nova Palma de Ouro desde 1962, quando “O Pagador de Promessas” venceu.
A premiação deste ano também celebrou produções internacionais, como “Young Mothers”, dos irmãos Dardenne, vencedor de Melhor Roteiro, e “Resurrection”, de Bi Gan, que recebeu o Prêmio Especial. A Palma de Ouro para curta-metragem foi para “I’m Glad You’re Dead Now”, de Tawfeek Barhom, enquanto “Sirat” e “The Sound of Falling” dividiram o Prêmio do Júri. A diversidade de gêneros e origens dos filmes premiados destacou a riqueza do cinema contemporâneo.
Apesar das vitórias brasileiras, a esperada Palma de Ouro permaneceu distante, reforçando o desafio de produções nacionais em alcançar o topo do festival. Os vencedores de Cannes, no entanto, costumam ganhar visibilidade em outras premiações, como o Oscar, indicando um possível caminho para “O Agente Secreto” e demais filmes laureados. O evento consolidou-se mais uma vez como um termômetro para as tendências e excelência do cinema mundial.
