Nos anos 1970, um incêndio destruiu a primeira fábrica da família Scheffer em Ponta Grossa (PR), marcando o início de uma jornada de resiliência. Apesar da perda total, a família decidiu reconstruir o negócio do zero, vendendo uma propriedade rural para reinvestir. A aposta inicial em duplicadores, tecnologia já obsoleta, deu lugar a uma oportunidade inesperada: a venda da fábrica por R$ 300 milhões, permitindo a fundação da Águia Metalúrgica e o início de uma nova fase.
A empresa evoluiu ao longo das décadas, diversificando-se em logística, agroflorestal e construção. Um marco foi a parceria com a Mercedes-Benz, que demandou soluções personalizadas de armazenamento para concessionárias, impulsionando a criação de um departamento de engenharia. Hoje, o Grupo Águia é uma holding bilionária, com receita de R$ 1,2 bilhão em 2023 e projeção de R$ 1,5 bilhão para 2024, sustentada por três pilares: Águia Sistemas, Águia Florestal e Águia Construtora.
Mais do que o sucesso financeiro, a trajetória do grupo reflete a capacidade de reinvenção. Rogério Scheffer, atual presidente, compara a empresa a uma Fênix, símbolo de renascimento após o incêndio que quase encerrou sua história. A lição deixada é clara: adversidades podem ser o ponto de partida para novos começos, desde que haja visão estratégica e adaptabilidade.