A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que encontrou novas provas relacionadas a uma suposta tentativa de golpe no final do governo anterior. As evidências foram obtidas após a análise do celular de um agente preso no ano passado, que supostamente atuava como infiltrado para vazar informações sobre a segurança do presidente durante a transição de poder. As mensagens de áudio, trocadas entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, revelam discussões sobre ações violentas e a frustração diante da não concretização do plano.
Segundo as investigações, o agente integrava um grupo que planejava atuar em defesa do então presidente, aguardando apenas um sinal para iniciar operações. Em um dos áudios, ele expressa insatisfação com a decisão das Forças Armadas de não apoiar o movimento e menciona a intenção de prender autoridades, incluindo um ministro do STF. As conversas também indicam descontentamento com a viagem do ex-presidente aos Estados Unidos, interpretada como um recuo em relação ao plano.
Na próxima terça-feira (20), a Primeira Turma do STF decidirá se o agente e outros 11 militares serão formalmente acusados no processo. Eles são investigados por supostamente planejar ações táticas para concretizar o golpe. A defesa do policial federal foi contactada pela Agência Brasil, mas ainda não se manifestou sobre o caso. O espaço permanece aberto para eventuais esclarecimentos.