A Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta etapa, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de R$ 20 milhões e da apreensão de passaportes para evitar a saída dos investigados do país. O STJ afirmou que não há buscas no tribunal e que não comentará o mérito da investigação, que tramita em sigilo.
A operação revelou uma rede financeira-empresarial suspeita de lavagem de dinheiro, criada para ocultar propinas ligadas a decisões judiciais no STJ. Entre os crimes investigados estão lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, mercado de câmbio clandestino e organização criminosa. O nome da operação remete a um juiz da mitologia persa que teria aceitado suborno para proferir uma sentença injusta.
Esta é a terceira fase da investigação, que já havia levado a prisões e afastamentos de servidores do Poder Judiciário em etapas anteriores. A PF identificou também um esquema de venda de informações sigilosas sobre investigações no STJ, prejudicando operações policiais. O caso continua sob sigilo, com desdobramentos sendo acompanhados pelas autoridades.