A Polícia Federal desmantelou um esquema criminoso que burlava o sistema de biometria facial da plataforma gov.br, usada para acessar serviços públicos como CPF, programas sociais e benefícios previdenciários. Os investigados manipulavam imagens para enganar o sistema de segurança Liveness, que verifica a autenticidade de rostos em tempo real. As fotos adulteradas eram aproximadas dos registros oficiais da Carteira Nacional de Habilitação e do Tribunal Superior Eleitoral, permitindo o acesso ilegal a contas de usuários.
Os criminosos invadiram pelo menos 3 mil contas, explorando sistemas como Valores a Receber, do Banco Central, e o aplicativo Meu INSS, onde autorizavam empréstimos e descontos indevidos. A operação ocorreu em nove estados, resultando na apreensão de celulares e na prisão de envolvidos. A plataforma gov.br, que possui 167 milhões de usuários, foi alvo das fraudes, mas o Ministério da Gestão afirmou que monitora o sistema 24 horas por dia e destacou a importância de medidas de segurança, como a verificação em duas etapas.
Apesar do incidente, o governo reforçou que a plataforma é segura e que a investigação foi iniciada a partir de suspeitas levantadas pelo próprio ministério. A Polícia Federal continua apurando o prejuízo total causado pelo grupo, enquanto recomendações são feitas para que os cidadãos reforcem a proteção de suas contas. O caso expõe desafios na segurança digital, mas também a eficácia das autoridades em identificar e combater essas vulnerabilidades.