A Polícia Federal desmantelou um grupo criminoso que utilizava técnicas avançadas de alteração facial para burlar sistemas de autenticação biométrica da plataforma gov.br. Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em nove estados, resultando na prisão de três indivíduos, enquanto dois permanecem foragidos. Os investigados são acusados de invadir contas digitais para acessar valores do Banco Central e autorizar consignações no aplicativo Meu INSS, explorando tanto contas de falecidos quanto de vivos.
Segundo as investigações, os criminosos fraudavam a ferramenta de liveness, que verifica a autenticidade facial, criando imagens que simulavam traços de terceiros. O esquema teria acessado pelo menos três mil contas, com possibilidade de um número maior ainda não identificado. A PF apreendeu equipamentos como computadores e celulares para determinar a extensão total das fraudes, incluindo a possível contração de empréstimos consignados usando dados dos usuários.
As autoridades destacaram que não há indícios de envolvimento de servidores públicos no caso e reforçaram que o sistema de segurança do gov.br inclui verificações com bancos de dados do TSE e das carteiras de habilitação. A operação foi deflagrada após o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos reportar a invasão de seis contas, levando à descoberta do esquema. As investigações continuam para apurar todos os detalhes do crime.