A Justiça Federal decidiu processar o grupo varejista Carrefour por crimes ambientais após um vazamento de óleo diesel aditivado em Santos, em maio de 2021. O incidente ocorreu devido ao rompimento de uma braçadeira enferrujada, que liberou dois mil litros do produto em galerias pluviais, contaminando praias e causando a morte de animais aquáticos. O Ministério Público Federal (MPF) alegou que a empresa falhou em adotar medidas preventivas e agir rapidamente para conter o dano.
Além dos impactos ambientais, o vazamento provocou problemas respiratórios em moradores da região devido ao forte odor. O MPF destacou que a empresa não comunicou imediatamente as autoridades e tentou limpar o local sem os procedimentos adequados, agravando a situação. A omissão na manutenção preventiva e a falta de transparência foram apontadas como falhas graves na conduta esperada.
Caso condenada, a empresa pode enfrentar multas, custear projetos ambientais e até ter a loja interditada. Procurado, o grupo se recusou a comentar o caso, citando a política de não se manifestar sobre processos em andamento. O caso reforça a discussão sobre a responsabilidade corporativa em incidentes ambientais e a necessidade de fiscalização mais rigorosa.