O governo federal anunciou um aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras internacionais realizadas com cartões de crédito, débito e pré-pagos, revertendo a política de redução gradual implementada anteriormente. A alíquota subirá de 3,38% para 3,5%, com vigência imediata a partir desta sexta-feira (23). A medida também eleva a tributação sobre remessas de dinheiro para contas no exterior, que passará de 1,1% para 3,5%. O objetivo é arrecadar R$ 61,5 bilhões em dois anos, ajudando a cumprir as metas fiscais.
Além das compras internacionais, o governo aumentou o IOF sobre operações de crédito para empresas, seguros e câmbio. A Receita Federal estima que as mudanças gerem R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. O secretário especial da Receita destacou que, apesar do ajuste, a alíquota atual ainda é menor que os 6,38% cobrados até 2022, quando começou o processo de redução.
As alterações foram acompanhadas pelo congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas do Orçamento de 2025, medida alinhada ao arcabouço fiscal. A justificativa para o aumento no IOF inclui a correção de distorções, como o custo menor de manter contas no exterior em comparação com o Brasil. A decisão busca equilibrar as contas públicas sem sobrecarregar excessivamente os contribuintes.