O governo federal anunciou a nomeação de Wolney Queiroz para o comando do Ministério da Previdência Social, substituindo Carlos Lupi, que deixou o cargo após investigações sobre irregularidades em benefícios do INSS. Queiroz, que já ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta, tem trajetória política alinhada ao PDT e histórico de oposição a medidas como a reforma da Previdência durante o governo Bolsonaro. Sua indicação ocorre em um momento delicado para a área, marcado por denúncias de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Com seis mandatos como deputado federal por Pernambuco, Queiroz possui ampla experiência no Congresso, tendo liderado bancadas e comissões importantes. Sua atuação inclui votos contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a PEC do Teto de Gastos, além de críticas à Reforma Trabalhista. No entanto, sua aproximação recente com o PL gerou desconforto dentro do próprio partido, levantando questionamentos sobre sua permanência no governo.
A nomeação reforça a busca por estabilidade na pasta, mas também coloca em evidência os desafios enfrentados pela Previdência Social. A trajetória do novo ministro sugere alinhamento com pautas progressistas, embora sua capacidade de lidar com a crise atual ainda precise ser testada. O cenário político permanece atento aos próximos passos, especialmente diante das investigações em curso e da necessidade de restaurar a confiança no sistema.