O governo federal destinou mais de R$ 111 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul, atingido por enchentes catastróficas em maio de 2023. Os esforços atuais concentram-se em três frentes: habitação, com 7,4 mil moradias autorizadas no programa Minha Casa, Minha Vida; infraestrutura pública, como escolas e postos de saúde, com mais de 1 mil obras aprovadas; e obras de proteção contra enchentes, com um fundo de R$ 6,5 bilhões. Apesar dos avanços, nenhuma das moradias foi concluída, e a previsão é que parte delas seja entregue em até 10 meses, com incentivos para acelerar a construção.
Enquanto as novas casas são construídas, o programa Compra Assistida ganhou força, liberando R$ 200 mil por família para aquisição de imóveis fora de áreas de risco. Até o momento, 1,5 mil contratos foram assinados. Já as obras municipais, como pontes e unidades de saúde, ainda enfrentam atrasos, levando a reuniões individualizadas com prefeituras para agilizar processos. O governo também cobra atualizações nos projetos de prevenção a enchentes para liberar recursos do Firece, fundo criado para adaptação climática.
O desafio permanece na escala da demanda: estima-se que 22 mil imóveis sejam necessários para reassentar todas as famílias afetadas. Com prazos apertados e a necessidade de coordenação entre municípios, estado e União, a reconstrução avança, mas ainda há um longo caminho para a recuperação total do estado.