O governo dos Estados Unidos anunciou a retirada de US$ 60 milhões em financiamento federal da Universidade de Harvard, acusando a instituição de não combater adequadamente o assédio antissemita e a discriminação racial. Essa decisão, tomada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos, soma-se a um corte anterior de mais de US$ 2,6 bilhões em verbas federais nas últimas semanas. Harvard, a universidade mais antiga do país, recusou-se a atender exigências do governo, que pressiona por uma agenda política alinhada à administração atual.
O conflito se intensificou após a universidade ser acusada de falhar em enfrentar problemas de discriminação em seu campus, segundo uma força-tarefa governamental. Em resposta, a instituição ingressou com um processo para impedir o congelamento de subsídios, argumentando que o governo não deve interferir em suas decisões acadêmicas. O presidente da universidade afirmou que não cederá a pressões políticas, defendendo a autonomia das instituições de ensino.
A disputa reflete tensões mais amplas entre o governo e universidades, com outras instituições também recebendo demandas por mudanças em políticas internas. Harvard, que depende de verbas federais para pesquisas científicas e médicas, enfrenta incertezas sobre como manter suas operações sem esses recursos. O embate destaca o desafio de equilibrar independência acadêmica e pressões políticas em um cenário polarizado.