Um tribunal federal de apelações rejeitou um pedido do governo para revogar o status legal temporário de centenas de milhares de migrantes cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos que vivem nos Estados Unidos. A decisão mantém uma ordem judicial anterior que suspendeu a medida do Departamento de Segurança Interna, a qual buscava interromper uma garantia condicional de dois anos concedida durante a gestão anterior. O caso foi levado à Justiça por defensores dos direitos dos imigrantes, que contestaram a tentativa de encerrar programas que permitiam a entrada e permanência desses grupos no país.
O Departamento de Segurança Interna havia anunciado em março a decisão de revogar o status de cerca de 400.000 migrantes, mas a juíza responsável pelo caso suspendeu a ação, argumentando que a medida foi aplicada de forma generalizada, sem a análise individual necessária. A decisão judicial destacou que a revogação categórica afetaria autorizações de trabalho e direitos já concedidos, impactando milhares de famílias. O governo não se manifestou imediatamente sobre a rejeição do pedido.
A disputa reflete a tensão contínua sobre as políticas de imigração nos Estados Unidos, com críticos argumentando que a medida representava um endurecimento desnecessário contra grupos vulneráveis. Enquanto o caso segue em análise, os migrantes mantêm seus direitos temporários, mas o debate sobre o futuro desses programas permanece aberto. A decisão do tribunal é vista como uma vitória parcial para organizações que defendem os direitos dos imigrantes.