A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que os bancos defenderam ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que a compensação pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais não seja feita por meio do aumento de tributos do setor financeiro. Isaac Sidney, presidente da Febraban, destacou que elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) iria contra a agenda de redução do custo do crédito, que tem sido prioridade do governo. Ele sugeriu que existem outras formas de compensar a perda de receita sem impactar os empréstimos.
Durante reunião do conselho diretor da Febraban, com a presença de representantes de todos os bancos associados, foram discutidos temas como o mercado de crédito, custos de intermediação financeira e medidas para reduzir as taxas de juros. Isaac Sidney enfatizou que a preocupação não é com a tributação sobre lucros dos bancos, mas sim evitar que o crédito se torne mais caro para famílias e empresas. O encontro foi considerado produtivo, com participação do presidente da Câmara, que sugeriu ao setor enviar propostas alternativas à comissão que analisa o projeto.
A Febraban reiterou seu compromisso em encontrar soluções que equilibrem a compensação fiscal sem prejudicar o acesso ao crédito. A entidade destacou a importância de manter o diálogo com o Poder Público para garantir políticas que não onerem o setor financeiro nem os consumidores. A discussão continua em aberto, com expectativa de que alternativas sejam apresentadas em breve à comissão liderada pelo deputado Arthur Lira.