A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) autorizou o retorno dos testes de voo do foguete Starship, da SpaceX, marcado para esta terça-feira, 27, no Texas. O nono lançamento experimental ocorre após dois fracassos consecutivos neste ano, que resultaram em explosões e dispersão de destroços em regiões habitadas, incluindo o Caribe. A FAA exigiu ajustes técnicos e ambientais, além de ampliar significativamente a zona de exclusão aérea, que agora abrange parte do Caribe, México, Cuba e Reino Unido. A SpaceX prometeu melhorar a coleta de dados e as inspeções, enquanto a FAA alertou que os riscos permanecem elevados.
O teste desta semana incluirá a primeira reutilização de um propulsor Super Heavy, recuperado em um voo anterior, e o transporte de oito simuladores de satélites Starlink para análise estrutural. A SpaceX também testará tecnologias de reentrada com diferentes materiais e encaixes. Apesar dos contratempos, a empresa mantém a ambição de realizar até 25 lançamentos em 2025, ajustando hardware e sistemas de controle. O propulsor não retornará à base, pousando forçadamente no Golfo do México para evitar danos à infraestrutura.
O Starship é peça central nos planos da NASA para missões lunares e marcianas, mas sua confiabilidade ainda precisa ser comprovada em testes não tripulados. Enquanto isso, a SpaceX segue com outros lançamentos, como o envio de 24 satélites Starlink nesta mesma terça. O histórico do foguete mistura avanços técnicos, como o pouso controlado no quarto teste, com falhas recorrentes, como a perda de controle no sétimo voo. A complexidade do projeto mantém a atenção sobre os próximos passos da empresa no cenário espacial.