O Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto realizou nesta sexta-feira (23) a exumação do corpo de uma mulher, irmã de um médico preso sob suspeita de envolvimento na morte da esposa, uma professora encontrada sem vida em março. O objetivo é verificar se há vestígios de chumbinho, substância tóxica encontrada no organismo da professora, que morreu um mês após a irmã do suspeito. O procedimento, autorizado pela Justiça, ocorreu no cemitério de Pontal (SP), com medidas rigorosas para preservar a cadeia de custódia das provas.
Os peritos coletaram amostras para análise toxicológica, com foco em órgãos como fígado e estômago, que podem indicar a presença do veneno. A degradação natural da substância, que ocorre em até 120 dias, levou à urgência do exame. O diretor do IML destacou que, mesmo que o resultado seja negativo, outras evidências podem surgir, já que o laboratório é capaz de identificar múltiplas substâncias.
O caso da professora, tratado como homicídio qualificado, envolve investigações sobre um possível conflito conjugal e a participação de familiares do suspeito. Ambos negam envolvimento, e um pedido de liberdade foi recentemente negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. As análises devem levar cerca de 30 dias, e os resultados podem trazer novos esclarecimentos sobre as circunstâncias das mortes.