O primeiro turno das eleições presidenciais na Romênia resultou em uma vitória expressiva para o candidato nacionalista de extrema direita, que obteve cerca de 40% dos votos, segundo dados oficiais com 97% das urnas apuradas. A disputa ocorreu meses após uma eleição anterior ter sido anulada devido a alegações de irregularidades, mergulhando o país em uma crise política sem precedentes nas últimas décadas. O comparecimento às urnas foi de 53,2% do eleitorado, incluindo votos de romenos no exterior.
Em segundo e terceiro lugares, ficaram o prefeito da capital, Bucareste, e o candidato da coalizão governista, ambos com aproximadamente 20,6% dos votos, em uma diferença mínima que pode se ampliar com a conclusão da apuração. Onze candidatos concorreram ao cargo, mas apenas os dois mais votados avançarão para o segundo turno, marcado para 18 de maio. O pleito foi acompanhado de perto devido ao contexto de instabilidade política e acusações de interferência externa na votação anterior.
A eleição repetida foi necessária após a anulação do primeiro turno de 2024, que também teve um candidato de extrema direita na liderança. Na ocasião, um tribunal romeno determinou a reabertura do processo eleitoral devido a denúncias de fraudes e suposta influência estrangeira, embora não tenham sido apresentadas provas conclusivas. O clima polarizado marcou a campanha, com críticas ao sistema político, mas também discursos em defesa da democracia e do voto como instrumento de mudança.