O segundo turno das eleições presidenciais na Romênia coloca frente a frente um candidato de extrema-direita, crítico da União Europeia e contrário ao apoio militar à Ucrânia, e um centrista independente, pró-UE e pró-OTAN. A vitória do nacionalista no primeiro turno provocou a queda do governo de coalizão pró-Ocidente e levou a uma fuga de capitais, enquanto o prefeito de Bucareste promete combater a corrupção e manter o alinhamento com o bloco europeu. O resultado pode influenciar não apenas a economia romena, mas também a coesão da UE, em um momento de crescente euroceticismo na região.
O presidente eleito terá poderes significativos, incluindo a decisão sobre ajuda militar e a nomeação de um primeiro-ministro para formar uma nova maioria parlamentar. O desafio será reduzir o maior déficit orçamentário da UE e recuperar a confiança dos investidores, evitando um rebaixamento da classificação de crédito. Pesquisas recentes indicam uma disputa acirrada, com o eleitorado e a diáspora romena como fatores decisivos.
Analistas alertam que uma vitória do candidato de extrema-direita poderia isolar o país internacionalmente, reduzir investimentos e desestabilizar o flanco leste da OTAN. A eleição ocorre em meio a acusações de desinformação nas redes sociais e reflete uma onda de mudanças políticas na Europa Central, onde líderes eurocéticos ganham espaço. O pleito também é visto como um teste para a unidade europeia, em um contexto de tensões geopolíticas e divisões internas.