Um estudo realizado pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) revelou que extratos de linhaça e amora podem ser alternativas naturais eficazes para prevenir a perda de densidade óssea em mulheres na menopausa, com resultados comparáveis aos do estrogênio sintético. A pesquisa, publicada na revista científica Climacteric, demonstrou que roedores tratados com os extratos apresentaram maior densidade óssea, redução da porosidade e aumento de minerais como cálcio e fósforo, efeitos similares aos observados no grupo que recebeu estrogênio. A descoberta é relevante, já que a reposição hormonal tradicional está associada a riscos, como o câncer de mama.
O estudo focou em regiões do fêmur propensas a fraturas em mulheres pós-menopausa, como a cabeça e o colo do osso. Os animais que receberam os extratos naturais tiveram menor perda óssea trabecular, estrutura interna crítica para a resistência dos ossos. Apesar dos resultados promissores, o professor responsável destacou que ainda são necessárias mais pesquisas, incluindo testes clínicos em humanos, para confirmar os benefícios.
Além da saúde óssea, a equipe planeja investigar os efeitos dos extratos em outros sistemas afetados pela menopausa, como o cardiovascular, já que mulheres nessa fase têm maior risco de hipertensão e doenças cardíacas. O objetivo é desenvolver opções terapêuticas mais seguras e acessíveis, reduzindo a dependência de tratamentos controversos. Os próximos passos incluem estudos em larga escala para validar a eficácia em pacientes reais.