A exposição “Favelas e Florestas”, em cartaz até junho no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, apresenta 14 fotografias produzidas por crianças e adolescentes das comunidades do Salgueiro e da Formiga. A mostra, inaugurada em 7 de maio, destaca a conexão entre essas áreas urbanas e a maior floresta urbana replantada do mundo, fruto de oficinas que combinaram fotografia e educação ambiental. O projeto é uma iniciativa do Observatório de Favelas em parceria com o ICMBio, Coletivo Formigação e Instituto Sal-Laje, com apoio cultural e patrocínio de instituições públicas e privadas.
A exposição desafia narrativas tradicionais ao mostrar a contribuição das favelas na preservação do meio ambiente, revelando saberes ancestrais e tecnologias sociais dessas comunidades. Isaura Bredariol, do ICMBio, ressalta que as imagens convidam os visitantes a superar estigmas e reconhecer a sensibilidade dos jovens moradores em relação à natureza. A montagem inclui painéis fotográficos, uma mesa interativa com miniaturas e postais, e uma área de convivência com elementos naturais, criando uma experiência imersiva.
Com entrada gratuita, a mostra está aberta no Centro de Visitantes Paineiras até 1º de junho, das 8h às 17h. Segundo Lino Teixeira, do Observatório de Favelas, a exposição reforça os vínculos históricos e afetivos entre as comunidades e a Floresta da Tijuca, destacando seu papel na construção de um futuro mais sustentável. A iniciativa busca não apenas desconstruir preconceitos, mas também celebrar a coexistência harmoniosa entre urbano e natural.