As exportações brasileiras de carne de frango e subprodutos foram suspensas temporariamente para cinco países — China, União Europeia, Argentina, Uruguai e Chile — após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Os embargos seguem protocolos sanitários preestabelecidos, que exigem a interrupção imediata das vendas em casos de doenças de notificação obrigatória. O governo brasileiro notificou quase 150 países sobre o ocorrido e aguarda respostas de outros parceiros, como Coreia do Sul, México e Rússia, que também podem adotar medidas semelhantes.
Segundo autoridades do Ministério da Agricultura, as suspensões tendem a ser temporárias e evoluir para restrições regionalizadas, limitadas ao raio de 10 km do foco, ao município ou ao estado afetado. O secretário de Comércio e Relações Internacionais destacou que o Brasil está cumprindo todos os procedimentos sanitários e fornecendo informações transparentes para acelerar a retomada do comércio. Ele citou como exemplo a rápida regionalização de embargos em um caso anterior de Doença de Newcastle, quando a China restringiu as importações apenas ao Rio Grande do Sul.
O Brasil, maior exportador mundial de frango, responsável por 35% do comércio global, enfrenta um cenário de alta demanda, com preços em ascensão. Apesar do impacto inicial das suspensões, a expectativa é que os países revisem suas decisões conforme avancem as medidas de contenção. O governo reforça que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo da carne e que está trabalhando para restabelecer o status sanitário do país no mercado internacional.