As Forças Armadas dos EUA criaram uma segunda zona militar ao longo da fronteira com o México, desta vez no Texas, seguindo uma medida similar já implementada no Novo México. A área, designada como “Área de Defesa Nacional”, permite que tropas detenham temporariamente migrantes ou invasores, embora a jurisdição sobre as travessias ilegais continue sob responsabilidade da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). Até o momento, as tropas não realizaram detenções, deixando essa tarefa para as autoridades civis.
A medida faz parte de uma estratégia mais ampla de reforço na fronteira sul, onde cerca de 11.900 soldados estão mobilizados. O governo argumenta que a nova zona-tampão evita a necessidade de invocar a Lei de Insurreição de 1807, que permitiria o uso das Forças Armadas para conter distúrbios civis. Dados oficiais indicam que o número de migrantes interceptados em março atingiu o menor nível já registrado.
A decisão ocorre em um contexto de políticas mais rigorosas sobre imigração, embora autoridades tenham afirmado que a Lei de Insurreição não é necessária no momento. A Reuters relatou, sob anonimato, que o secretário de Defesa teria reforçado essa posição. A operação visa coibir travessias ilegais, mas mantém a entrega de detidos às agências civis, como a Patrulha de Fronteiras.