O uso excessivo de redes sociais, especialmente de conteúdos rápidos como Reels e TikToks, tem sido associado a um fenômeno preocupante conhecido como “brainrot” — termo que descreve os efeitos negativos da sobrecarga de estímulos no cérebro. Segundo especialistas, a exposição constante a vídeos curtos e de alta intensidade sensorial pode levar a fadiga cerebral, prejudicando memória, atenção e equilíbrio emocional. Pacientes relatam sintomas como esquecimento, ansiedade e depressão, muitas vezes sem relacioná-los ao tempo excessivo diante das telas, que pode chegar a nove horas por dia.
Crianças e adolescentes são os mais afetados, pois seus cérebros em desenvolvimento são especialmente sensíveis ao fluxo contínuo de dopamina gerado pelas redes sociais. O excesso de telas pode comprometer o raciocínio lógico e o desenvolvimento emocional, levando a sintomas como agitação, isolamento e dificuldades de aprendizado. A neurologista entrevistada recomenda postergar ao máximo o contato prolongado com essas plataformas e incentivar atividades offline, como brincadeiras ao ar livre e interações familiares, que estimulam a dopamina de forma saudável.
Para reduzir os impactos, é essencial estabelecer limites no uso de dispositivos, evitando telas antes de dormir e durante refeições. A conscientização familiar e a criação de rotinas alternativas, como leitura ou esportes, são fundamentais para “treinar” o cérebro a lidar com outros estímulos. O texto reforça a importância de ações coletivas e individuais para promover saúde mental, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em especial o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar).