A morte de José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai e ícone da esquerda latino-americana, repercutiu entre líderes políticos e movimentos sociais. Aos 89 anos, Mujica foi homenageado por sua trajetória como defensor da integração regional, por meio de iniciativas como o Mercosul e a Unasul, e por seu compromisso com justiça social. O Itamaraty destacou seu papel como “um dos grandes humanistas contemporâneos”, enquanto líderes como Gabriel Boric, do Chile, e Luís Arce, da Bolívia, lembraram sua luta por um mundo mais solidário.
Mujica, que presidiu o Uruguai entre 2010 e 2015, foi elogiado por avanços em direitos civis e por sua simplicidade, tornando-se referência global. Movimentos sociais, como o MST, destacaram sua resistência durante a ditadura uruguaia e sua defesa incansável da igualdade. A Frente Ampla, coalizão de esquerda uruguaia, ressaltou que ele foi “mais que um líder”, mas uma inspiração para gerações.
Personalidades como Claudia Sheinbaum, do México, e Gustavo Petro, da Colômbia, lamentaram sua partida, enfatizando seu legado de esperança e união latino-americana. Petro defendeu que a integração regional, sonho de Mujica, seja aprofundada em projetos como uma “União Grancolombiana”. Sua morte deixa um vazio, mas também um chamado à persistência na luta por justiça e democracia, como ele mesmo pregou.