O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta hospitalar no domingo após três semanas de internação devido a uma cirurgia de desobstrução intestinal. Apesar de ter mencionado novamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em suas declarações, ele afirmou que, por recomendação médica, não comparecerá pessoalmente ao ato pró-anistia marcado para quarta-feira em Brasília. Em breve, prometeu conceder uma entrevista para esclarecer as acusações que enfrenta, incluindo a de tentativa de golpe de Estado, das quais nega participação.
Durante sua fala na saída do hospital, o ex-presidente destacou que sua defesa foi feita sem acesso a todos os elementos do caso e defendeu a anistia para pessoas que, segundo ele, foram injustamente condenadas. Médicos recomendaram que ele evite aglomerações nas próximas semanas para prevenir riscos de infecção, embora tenham elogiado sua recuperação, considerada acima da média para sua idade. Apoiadores o aguardavam no local, onde oraram por sua saúde.
O ato pró-anistia, convocado pelo ex-presidente na semana passada, tem como objetivo pressionar o Congresso a aprovar uma proposta que beneficiaria condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. Aliados políticos trabalham para articular a medida, que também poderia impactar sua própria situação jurídica. A cirurgia pela qual passou foi a sexta relacionada a complicações decorrentes de um atentado sofrido em 2018 durante a campanha eleitoral.