Em declaração na Casa Branca durante encontro com o presidente da África do Sul, um ex-líder dos Estados Unidos afirmou que a guerra entre Rússia e Ucrânia poderia ter sido evitada se a Rússia não tivesse sido expulsa do G8 em 2014. Ele sugeriu que a presença do país no grupo de economias industrializadas poderia ter prevenido o conflito, iniciado em fevereiro de 2022 e que já dura mais de três anos. A fala, no entanto, não mencionou que a expulsão ocorreu após a anexação da Crimeia, território ucraniano, pela Rússia.
O bloco, que antes incluía a Rússia, passou a ser chamado de G7 após sua saída. Atualmente, o grupo é formado por Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Japão, com a União Europeia representando os demais países continentais. A próxima cúpula do G7 está marcada para junho, no Canadá, sob a liderança do recém-eleito primeiro-ministro do país.
A observação do ex-presidente americano ignora o fato de que a Rússia, mesmo quando integrava o G8, já havia invadido território ucraniano em 2014. A declaração reacende o debate sobre a eficácia de mecanismos diplomáticos para conter conflitos, mas não aborda as ações militares anteriores do país no contexto regional. O comentário foi feito em um momento em que a guerra na Ucrânia continua sem solução visível.