Ednaldo Rodrigues decidiu renunciar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), retirando um recurso que havia sido protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua petição, ele justificou a desistência como uma forma de pacificar o futebol nacional e preservar sua vida familiar, afetada por disputas judiciais e críticas públicas. Rodrigues citou conquistas de sua gestão, como receita recorde, renovação de patrocínio com a Nike e a contratação do técnico Carlo Ancelotti, mas afirmou que a instabilidade prejudicava o esporte.
O afastamento ocorreu após questionamentos sobre a autenticidade de uma assinatura em um acordo que o manteve no cargo, investigada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Um laudo médico indicava que o signatário, de 86 anos, tinha déficit cognitivo, levantando dúvidas sobre a validade do documento. Com a renúncia, a eleição para a presidência da CBF, marcada para 25 de maio, deve ocorrer sem obstáculos, com Samir Xaud como único candidato após reunir apoio de 25 federações estaduais.
A decisão encerra um período de tensão na entidade, com Rodrigues desejando sucesso ao futuro presidente e reforçando que não apoiará nenhum candidato. A assembleia eleitoral permitirá participação remota devido aos jogos do Brasileirão no mesmo dia, garantindo a transição pacífica que o ex-presidente defendeu em sua despedida.