O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das eleições marcadas para o dia 25 de maio, que definirão o novo comando da entidade. A defesa argumenta que o pleito, convocado pelo vice-presidente interino, ocorreria apenas três dias antes do julgamento definitivo do STF sobre a legalidade de acordos envolvendo a CBF, o que poderia gerar “grave risco de nulidade superveniente”. O pedido foi encaminhado ao ministro relator, que ainda não definiu uma data para decisão.
O caso remonta a um acordo homologado pelo STF em fevereiro, encerrando disputas judiciais relacionadas à eleição anterior. No entanto, em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) considerou ilegal o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que permitiu a permanência no cargo, levando ao afastamento do ex-presidente. O STF, porém, concedeu uma liminar para mantê-lo no comando temporariamente, até que o mérito seja julgado.
A situação expõe tensões institucionais na CBF, com a entidade dividida entre decisões judiciais conflitantes. Enquanto o TJ-RJ anulou o TAC por ilegalidade, o STF ainda deve analisar o caso em definitivo, o que pode impactar não apenas as eleições, mas também a governança do futebol brasileiro. A decisão do ministro relator será crucial para definir os próximos passos da confederação.