Um apartamento de luxo na orla de Maceió, avaliado em R$ 9 milhões, servirá como prisão domiciliar para um ex-presidente condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e outros crimes. O imóvel, localizado em um condomínio de alto padrão, possui piscina privativa, quatro suítes, área de lazer e vista para o mar. Em novembro de 2024, o apartamento foi penhorado para garantir o pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil, mas continuará disponível para uso até fevereiro de 2028, quando a dívida deve ser quitada.
A decisão pela prisão domiciliar foi tomada pelo STF após a defesa apresentar mais de 130 exames que comprovam condições de saúde debilitadas, incluindo Parkinson e transtorno bipolar. O ex-presidente, de 75 anos, usará tornozeleira eletrônica e terá restrições, como proibição de sair do país e visitas limitadas a advogados. O imóvel não constava em sua declaração de bens em 2022, mas havia sido declarado em 2018, com valor estimado em R$ 1,8 milhão.
Além desse apartamento, outro imóvel de luxo, uma mansão em Campos do Jordão, já havia sido penhorado anteriormente para cobrir dívidas trabalhistas. O cumprimento da pena em regime domiciliar segue as determinações legais após o trânsito em julgado da condenação, mantendo-se as medidas de fiscalização para garantir a restrição de liberdade.