O ex-presidente solicitou publicamente que governadores alinhados à direita se manifestem contra sua inelegibilidade, questionando as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornaram inelegível até 2031. Em entrevista, ele afirmou que gostaria que esses líderes discutissem publicamente as razões de sua exclusão da disputa eleitoral, embora ressaltasse que não pode obrigá-los a fazê-lo. A declaração ocorre em um contexto de articulações políticas para 2026, nas quais outras figuras da centro-direita têm ganhado espaço, sem mencionar o ex-presidente ou sua esposa como lideranças naturais.
O ex-presidente deixou claro que não pretende abrir mão de sua influência no espectro político, afirmando que seu “plano B” continua sendo ele mesmo, mesmo inelegível. Ele evitou endossar qualquer governador como seu sucessor natural, embora tenha elogiado alguns deles. Além disso, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de promover “lawfare” — uso estratégico da lei para fins políticos — e sugeriu que sua inelegibilidade limita a democracia ao restringir a escolha do eleitorado.
A decisão do TSE, em 2023, considerou que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores em 2022, na qual fez alegações falsas sobre o sistema eleitoral. O tribunal entendeu que houve aproveitamento da estrutura governamental para disseminar desinformação. O caso segue sendo um ponto de tensão entre seus apoiadores e as instituições judiciais.