Um ex-policial militar condenado pelo assassinato de uma vereadora e seu motorista está há mais de 300 dias em isolamento na Penitenciária 1 de Tremembé (SP), sem decisão judicial que justifique a medida. Segundo sua defesa, ele não tem contato com outros presos ou familiares desde junho de 2024, quando foi transferido de uma unidade federal. Suas únicas atividades permitidas seriam banho de sol e leitura, com restrição a exercícios físicos ou laborais, o que estaria afetando sua saúde mental.
A transferência para Tremembé foi autorizada pelo STF, mesmo com a oposição da Secretaria de Administração Penitenciária, que alegou falta de estrutura adequada. A penitenciária, superlotada, abriga presos ligados ao crime organizado. O condenado, que cumpre pena de 78 anos, tem um acordo de delação que o mantém em regime fechado até 2037.
O crime, ocorrido em 2018, chocou o país e continua a mobilizar ativistas, que cobram respostas sobre os mandantes e a aplicação das penas. A defesa do ex-policial relatou piora nas condições de alimentação e solicitou uma visita de um juiz corregedor para avaliar a situação.