O ex-ministro da Previdência Social anunciou sua demissão após reunião com o presidente, marcando sua segunda saída de um ministério sob suspeitas de irregularidades. A decisão ocorre no auge de uma crise envolvendo fraudes bilionárias no INSS, com investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Documentos revelam que alertas sobre descontos não autorizados em aposentadorias foram ignorados ao longo de 2023, agravando o escândalo.
A crise ganhou proporções nacionais após a descoberta de um esquema que pode ter desviado mais de R$ 6,3 bilhões, levando à demissão de dirigentes do INSS nomeados pelo ex-ministro. A saída foi negociada com o partido ao qual ele é filiado, reacendendo disputas internas entre grupos que defendem a permanência na base governista e outros que veem a crise como oportunidade para romper com o governo.
Com uma trajetória política ligada ao PDT, o ex-ministro assumiu cargos em diferentes governos, incluindo a pasta do Trabalho em 2007, da qual renunciou em 2011 após denúncias de irregularidades. Sua saída da Previdência coloca em evidência desafios de gestão e a necessidade de reformas para recuperar a confiança no sistema.