O ex-ministro da Previdência Social anunciou sua demissão após reunião com o presidente, marcando o ápice de uma crise envolvendo fraudes bilionárias no INSS. Investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelaram descontos ilegais em aposentadorias, estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Documentos mostram que alertas sobre irregularidades foram ignorados ao longo de 2023, agravando o escândalo.
A saída ocorre em meio a pressões por mudanças na gestão, com o Planalto avaliando a necessidade de um “choque” na pasta. O partido do ex-ministro, o PDT, enfrenta divisões internas, com alguns defendendo a permanência na base governista e outros considerando um rompimento com o governo. Dois dirigentes do INSS, nomeados pelo ex-ministro, já haviam sido afastados anteriormente sob suspeitas de irregularidades.
Com uma trajetória política ligada ao PDT, o ex-ministro havia assumido o cargo em 2023, após passagens anteriores pela Esplanada sob suspeitas de má gestão. Sua saída reacende debates sobre a governança da Previdência e os desafios do governo em conter fraudes no sistema. O caso também alerta para golpes contra aposentados, com criminosos se passando por servidores para obter dados e recursos.