O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho afirmou que o novo presidente da CBF, Samir Xaud, eleito com apoio de 25 federações estaduais, seria um “testa de ferro” de um grupo formado por Fernando Sarney, Flávio Zveiter e Romero Jucá. Garotinho sugeriu que a candidatura de Xaud, até então pouco conhecido no cenário do futebol nacional, foi articulada por essas figuras para garantir influência na confederação. Ele também mencionou que Ednaldo Rodrigues, afastado da presidência por decisão judicial, teria sido aconselhado a desistir de recorrer ao STF, embora a assessoria do ministro Gilmar Mendes tenha negado qualquer envolvimento.
Segundo Garotinho, a eleição de Xaud refletiria uma aliança entre interesses políticos e jurídicos, com Sarney atuando como interventor, Zveiter eleito vice-presidente e Jucá exercendo influência por meio de sua relação com o novo presidente. O ex-governador destacou ainda o orçamento bilionário da CBF como um motivador para as articulações. Embora tenha citado nomes de aliados de Ednaldo, como Rui Costa e Jaques Wagner, Garotinho não apresentou provas concretas das alegações, e os envolvidos não se manifestaram até a publicação da reportagem.
A CBF segue em meio a disputas internas, com Xaud assumindo o cargo em um contexto marcado por mudanças judiciais e políticas. A confederação, que enfrenta desafios de governança, agora terá à frente um dirigente de Roraima, estado sem tradição no futebol nacional. O Poder360 tentou ouvir todos os citados, mas não obteve respostas até o fechamento do texto. A situação reforça a complexidade da gestão do futebol brasileiro, onde poder e instituições frequentemente se entrelaçam.