Uma ex-diretora de um renomado instituto psiquiátrico no Rio de Janeiro está sendo acusada de utilizar a confiança de pacientes para obter vantagens financeiras. Relatos indicam que a profissional, que teve seu registro médico cassado em 2021, manipulava emocionalmente pessoas em tratamento, alegando problemas pessoais para solicitar empréstimos que não eram devolvidos. Uma das vítimas, que buscou ajuda para tratar compulsão por compras, afirmou ter emprestado cerca de R$ 92 mil após pressão durante sessões de terapia.
Apesar da cassação do registro, a profissional continuou atendendo em um consultório no Leblon, agora como psicanalista. Uma jornalista e ex-paciente investigou o caso, reunindo depoimentos de 38 pessoas e denunciando a suposta continuidade de atendimentos médicos ilegais. O conselho regional de medicina afirmou que a prática configura exercício ilegal da profissão, passível de ação criminal.
Em nota, a defesa da profissional negou as acusações, classificando-as como infundadas e sem base jurídica, e afirmou que o registro médico será restabelecido judicialmente. Enquanto isso, vítimas aguardam indenizações determinadas pela Justiça, mas ainda não recebidas. O caso continua sob investigação, levantando discussões sobre a regulamentação de profissões na área de saúde mental.