A Polícia Civil de Roraima indiciou um ex-delegado e mais três pessoas por tentativa de estelionato em um esquema que visava fraudar o seguro DPVAT. O caso foi descoberto após a seguradora responsável identificar inconsistências em uma solicitação de indenização de 2014, incluindo laudos médicos falsos. A investigação, conduzida pelo 1º Distrito Policial, apontou que uma das envolvidas alegou ter sido vítima de um atropelamento, mas sua versão apresentou contradições ao ser confrontada com os documentos.
A fraude foi articulada por meio de uma empresa de despachantes, cujo proprietário é o ex-delegado, já afastado da corporação por corrupção. Funcionários da empresa teriam auxiliado na elaboração do boletim de ocorrência e na formalização da solicitação fraudulenta. A delegada responsável destacou que o caso envolve não apenas a tentativa de obter vantagem financeira, mas também a quebra de confiança institucional, já que um ex-agente público estava envolvido.
As investigações confirmaram que não havia registros médicos que comprovassem o atendimento da suposta vítima na data do alegado acidente. Com as provas reunidas, os quatro foram indiciados por estelionato tentado, e o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e à Justiça para as medidas legais adequadas. O caso reforça a importância da fiscalização para coibir fraudes contra seguros públicos.