Um ex-comandante da Aeronáutica afirmou, em depoimento ao STF, que a possibilidade de prender uma autoridade do Judiciário foi discutida em reuniões no final de 2022 como parte de um plano para impedir a posse do presidente eleito na época. Segundo ele, a ideia foi levantada durante um “brainstorm” com o então presidente e outros militares, mas não avançou devido a questionamentos sobre as consequências jurídicas. O depoente destacou que a proposta gerou desconforto entre os presentes.
O ex-comandante também corroborou relatos anteriores de que um general teria alertado o ex-presidente sobre a possibilidade de ser preso caso insistisse em medidas contra o resultado das eleições. Ele afirmou não haver contradição entre seu testemunho e o de outros militares que já depuseram no caso. Além disso, mencionou que um dos participantes das reuniões adotou uma postura passiva diante das discussões, sem se opor claramente às ideias apresentadas.
O depoimento integra as investigações sobre supostos planos para manter o poder após a derrota eleitoral. As declarações reforçam a existência de debates internos sobre medidas extremas, embora não tenham sido concretizadas. O caso continua em análise pelo STF, com expectativa de novos desdobramentos à medida que mais testemunhas forem ouvidas.