O ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Júnior afirmou, em depoimento ao STF nesta quarta-feira (21.mai.2025), que chefes das Forças Armadas chegaram a debater a possibilidade de medidas como a decretação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e até a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, as discussões ocorreram em reuniões que incluíam altos comandantes militares e autoridades do governo anterior, com o objetivo de analisar cenários para evitar uma possível convulsão social. Baptista Júnior destacou que as ideias foram levantadas em um contexto de brainstorming, sem necessariamente indicar intenção de execução.
O depoimento faz parte de uma ação que investiga supostas tentativas de golpe, na qual o ex-comandante foi convocado como testemunha da acusação. Ele mencionou especificamente o ministro Alexandre de Moraes como um dos nomes discutidos, mas ressaltou que as propostas eram hipotéticas. A PGR (Procuradoria Geral da República) conduz o processo, que também envolve outras figuras do governo passado, incluindo o ex-presidente e ex-ministros.
Os depoimentos das testemunhas do chamado núcleo 1 da investigação devem seguir até 2 de junho. Nesta quinta-feira (22.mai), estão previstas as oitivas de testemunhas indicadas pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo anterior. O caso continua sob acompanhamento do STF, com expectativa de novos desdobramentos nas próximas semanas.